quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A saga de Amendoim

Naquele dia, misteriosamente, a ração não estava lá. Tampouco o pote de comida. Um dos donos de Amendoim sacudiu a coleira, sinal de passeio, e o deixou com o rabo a mil. “Dia de cheirar (e mijar em) postes”, pensou, ansioso, mas estranhou por não conectarem a guia. Logo a porta do carro se abriu e o colocaram para dentro. Sem agrados. Ainda assim, estava feliz: “Passeio sobre rodas, orelhas ao vento, milhões de cheiros pelo ar”, matutou.
Mas desta vez o vidro do carro não abriu. Acomodou-se no banco, sem estar preso a lugar algum. Enquanto esticava os olhos para apreciar o caminho, “malditos pescoço e pernas curtas”, agarrava-se com as unhas no estofado para não despencar, por causa dos buracos das vias.
Determinado momento, o carro parou. Não era o parque com grama verdinha, não era a casa da tia no interior, onde passava férias. Era o asfalto quente, em uma avenida, onde a placa de velocidade, que raramente é respeitada, marcava 70 km/h. Rapidamente, o dono pegou Amendoim no colo, desceu e jogou-o, o mais longe que pôde. Retornou, deu partida e acelerou, o mais cruel que pôde. Atordoado, Amendoim ainda tentou, em vão, correr atrás do veículo, “malditas perninhas anãs!”, pensou, aflito, achando ter sido acidentalmente esquecido naquele inferno.
Fora covardemente abandonado. A pessoa do carro de trás viu tudo, estacionou e resgatou Amendoim. Ele ainda tem esse olhar perdido, de quem não compreende o que aconteceu ou o porquê está longe de casa.
Amendoim está para adoção. Tem 4 anos, saúde perfeita, tomou banho e recebeu remédio contra pulgas. Só que ainda será necessário muito amor para fazê-lo esquecer do asfalto quente.
Se você tem esse amor para dar a um basset legítimo e meigo, ligue para: (11) 9134-3242(Eliana) ou 9690-6258 (Tati) ou escreva no e-mail: eli.a.alves@uol.com.br

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Que nem gente - Marcando touca


Ex-motoqueira, Phoebe, de 5 anos, curte xeretar nas coisas da família, entre elas, a touca de cabelo. Tanto, que ganhou uma foto com o adereço, charmosa vai. Ela é ex-motoqueira pois quem cuida dela já acha que Phoebe está um tanto pesada para continuar de carona na motoca da família.

Seu cachorro faz coisas de humanos? (rs como eu, que escrevo?). Então manda a foto para a seção "que nem gente" que contarei em breves linhas a história dele. Mas atenção, NADA de forçar o cão a fazer algo ou judiar do bicho, que daí eu denuncio (e mordo). e-mail: patasaoalto@gmail.com

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Já para o passeio!


Essa é para o cão ler, para que ele te leve passear nos lugares certos.
Revista da Folha, edição de ontem.
(ei Tuka, bom te ver aqui! mande lambidas minhas para as dálmatas)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

No caminho da Folha


Suei, rebolei e abanei meu rabo até dizer chega. Deu certo. Domingo, olhem a Revista da Folha (que vem no jornal, Folha de S. Paulo) que vou dar dicas para os cães levarem os donos para passear. Para quem tem patas em casa é imperdível, afinal, nem todos os lugares respeitam nossas fuças adentro.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Magaecocerta


Em casa, pararam de comer carne. Carne é carne minha gente, sem boi, frango, nem nada que tenha um coração. Não só pela saúde, não só porque o bicho fica no estômago um tempão apodrecendo até ser digerido. Não só pelo planeta, que vai ser tomado por criação de gado. Mas sim, por causa dos bichos, uma forma de não se alimentar do sofrimento alheio. É difícil mesmo parar. Até hoje fico louca se sinto cheiro de bife. Então, proponho a quem simpatiza com isso que tente pelo menos um dia, como diz o banner aí. Segunda-feira de carnaval, então, nada de bicho na mesa. Combinados?
Aos mais corajosos, que quiserem mesmo se convencer, indico o documentário "A carne é fraca", que linkei aqui. Depois de assistir, duvido que você veja um bife da mesma forma.
(imagem: SVB)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Só para pequenos


Passear nas férias é mais complicado quando se pesa mais do que dez quilos. Peso quase 30, então para mim são três vezes mais complicado. Feijuca pesa outros 30, ou seja, seis doses de complicações para a dupla. Ninguém nos quer nos hotéis. “Somos boazinhas”, afirmamos. Nada feito.
Tentamos achar um perto de Itu e Porto Feliz, com gramado para corrermos um dia inteiro. Nada. Tem um spa bem bonito, com gramado lindo, portão, muro e “Day use”. Mas, mesmo com a insistência, a mocinha já avisou: “nada de patas grandes por aqui”.

(ps. Feijuca já tá bem, passou uns dias amoada, mas já está pronta para tirar os pontos)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ponto na pata


Pula daqui, salta de lá, e Feijuca cortou a pata. Um talho. Mas ela continuou se sacodindo, o que me deixou de pelos em pé. Como não parava, era sangue que jorrava para tudo que é lado. Resultado? Dois pontos, antibiótico e curativo a semana inteira.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A insuperável sujeira do ser


Justamente por ser branca, vivo encardida. Um dia antes de passear, tomei banho para sair com cara de limpa nas fotos. Mas sabão não adianta, canso de latir isso em casa. Assim que me soltaram, pulei dentro do poço de lama que tinha no local, e aí voltei ao tom normal da minha pelagem.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Amor de verão


Eu andava, ele andava. Eu corria, ele corria. Até quando parei para beber água no lago tive que tomar cuidado para ele não me pegar desprevenida. Que inferno esse cachorro. Lindo o Bruce, mas tem um sério problema com rejeição amorosa. Durante o passeio, ele não largou do meu pé, ou melhor, do meu rabo. Cansei de dizer, rosnando claro, que sou castrada e não quero saber de macho cheirando lá trás. Mas ele seguiu, durante o dia todo, enfeitiçado pelo meu traseiro. Sem sucesso.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Déjate llevar


Moyka. Descobri que ela estava lá quando passeava no corredor da pousada e senti um cheiro conhecido. Ela estava no quarto ao lado. Logo a porta se abriu e fomos cheirando, cheirando até o estranhamento passar, e a amizade nascer. Ela tem uma habilidade incrível de se levar na guia presa à coleira. A guia cai no chão, e ela pega com a boca e se leva passear. Sem ajuda.
Pena que pegamos um e-mail dela que volta, e não conseguimos mais falar. Ainda aguardo notícias.