sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Timbuktu


Saímos viajar, e eu estava presa ao cinto de segurança com a Tuli, aí da foto. Lá pelas tantas, ela começou a passar mal, o que entendo, pois meu estômago também não gosta de passeios de carro. Mas ela estava estranha, a respiração rápida demais, e eu comecei a latir. Levei uma bronca do motorista, que não entendeu o que tentava comunicar. A língua da cachorra estava roxa, e ela desmaiou. Só então se deram conta do que eu tentava avisar, Tuli havia tido um pirepaque. Rapidamente estacionaram o carro, pegaram-na e saíram. Eu nunca mais veria Tuli, pois ela morrera ali, sob meus latidos alflitos.
Um escritor chamado Paul Auster me ensinou que ainda vou encontrá-la num lugar chamado Timbuktu, onde, depois que morrem, donos e cães se abraçam felizes. Sendo assim, até lá minha amiga.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Prepare os lenços e bom filme


A história de Hachiko, o cachorro que ganhou uma estátua no Japão pelo amor que tinha ao dono, agora será contada no cinema, no filme “Sempre ao seu lado”, que estréia em 25 de dezembro. O cão da raça akita pertenceu a um professor universitário em Tóquio. Todas as manhãs, Hachiko acompanhava o dono até a estação de trem Shibuya, onde embarcava para trabalhar. O cão retornava para casa, mas às 15 horas, voltava para ao local a fim de acompanhar o desembarque do professor. Um dia, o dono adoeceu e morreu no trabalho. Fiel, Hachiko esteve na estação, pontualmente, para esperar. O dono nunca mais voltou, mas por 11 anos seguidos, Hachiko foi todos os dias, no mesmo horário, aguardar a volta do professor. A história ficou tão famosa que o cão ganhou uma estátua, em frente à estação Shibuya, e agora virou o filme, que promete arrancar lágrimas até de quem nunca nos imaginou como melhores amigos. Clique aqui para começar o chororô já no trailer.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lara vive


Finalmente encontraram Lara, a cachorra roubada. Os policiais disseram que ela está bem. Na foto antiga, o dono e ela, em casa.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mão na consciência


Amanhã é Dia da Consciência Negra, e por isso lembrei do perfil de bichos que encalham em centros de adoção. São os maiores, os mais velhos e os negros. Sim, amigos, há preconceito na adoção de animais.
Os mais velhos ficam, pois as pessoas preferem filhotes. Em paralelo, não seria assim também com a adoção de crianças? Infelizmente, o destino das mais velhas acaba sendo crescer em abrigos.
Já os de porte grande sobram porque não cabem em apartamentos. Eu, com essa pança de quase 30 quilos, estaria frita. Mas e os de pelagem negra? “Eles são rejeitados, é uma forma de preconceito, as pessoas pedem cão branco e amarelo, e o pretinho básico, aquele de pêlos curtos, fica de lado”, disse tio Manuel Fernandes, que faz o trabalho no casarão da av. Paulista (nº1919).
Para dar um empurrão nessas adoções, o adestrador Jorge Pereira tem o trabalho voluntário de ensinar truques aos cães. “Educados, eles ficam mais atrativos e podem chamar a atenção das pessoas, mudando assim o triste destino de espiar a vida pelas grades do abrigo”, reforça tio Manuel.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Não é Lara, mas está sem o dono


O delegado me disse que a cadela Lara ainda não foi encontrada. Uma amiga achou esse cão aí de cima, que até pensou ser a cadela roubada. O bicho foi encontrado vagando pelo bairro da Saúde, em SP. Conversei com ele, que não soube dizer o nome, nem onde morava ou como se perdeu. Só me disse que está muito triste.
Por favor, passem a todos esse post, para que ele encontre o dono. E se não encontrar, a foto pode ajudar alguém a adotá-lo, pois a moça que o recolheu infelizmente não vai ficar com ele. (quem quiser saber mais sobre o cão pode escrever para: emb_193@hotmail.com)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A saga da cadela roubada


Ainda farejo o que teria acontecido com Lara, a cadela border collie que foi roubada na semana passada, durante um passeio matutino de domingo. Roubada mesmo, com violência e ameaça de morte ao dono. Lara ainda não foi achada, e o delegado, dr. Ubiraci, teme que pode ter sido morta. Na sexta, um leitor me escreveu dizendo que teria encontrado uma cachorra parecida, estou na cola dele. Um dos assaltantes foi preso, ele confessou que levou a cadela por encomenda. O mandante confessou que a cachorra esteve com ele, porém não diz que tivesse mandado. O safado fala que foi levada para outro lugar, sem especificar onde estaria. A prisão do mandante também foi requerida, mas ainda continua solto. O delegado teme que, para não ter provas do crime, Lara tenha sido sacrificada. Estou atrás, assim que tiver novidades, eu trago.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A maldição da Maga


Quem foi o ignorante que criou a história de que gato preto dá azar? E que o bicho serve para macumba? Para evitar maldades, nesta semana, o CCZ não permite adoção de gatos pretos. E se você tiver um animal desses em casa, não deixe o bicho solto, pelo menos hoje, para evitar uma morte criminosa* de forma cruel. Ninguém me contou, eu vi. No ano passado, encontrei um gato preto morto debaixo de uma árvore, no interior de SP, com boca e barriga costurados grosseiramente, com algo dentro dele. Lati muito. O azar vai para quem recortou o bicho, pois fica aqui a minha praga. E olha que praga de Maga costuma pegar.

*Muita gente já sabe, mas sempre é bom reforçar:
Lei de Crimes Ambientais
Art. 32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Rua do medo


O aposentado João*, de 72 anos, passeava ontem, um domingo meio nublado e encardido, com sua fiel cã, a border collie Lara. Estavam em uma rua do Jabaquara, em SP. Eis que me para um carro, descem dois moços, alisam a cadela e, munidos de uma faca de cozinha, cortam a guia e roubam a cachorra. Gente, que qué isso? Eles ameaçaram o senhorzinho com a faca, enfiaram Lara no carro e sumiram. Lara pode acabar morrendo. Pois se fosse eu, parava de comer na hora. E esses criminosos que a levaram, certamente não vão gastar com veterinários e remédios, não vão dar atenção e carinho. Tadinha da Lara. Tadinho daquele senhor.
*mudei o nome, ele não queria dar o dele

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Guerreiras pintadas da Amazônia


Estive no Amazonas e no Pará. Sim, enfrentei o calorzão de 49 graus na sombra, acredita? Nem eu. Minha fuça secava a todo segundo. Pois foi lá que encontrei com uma cadela dálmata amazona, em Nhamundá, ao lado da cidade de Faro, no Pará, onde a lenda das guerreiras Amazonas nasceu. Reza a história que as Amazonas eram fortes índias guerreiras que andavam nuas a cavalo e viviam em Faro, no espelho da lua, onde tem uma água que as fortalecia. Homem algum jamais ousou enfrentá-las. Eu não as vi, infelizmente, mas vi uma dálmata amazona. Não me lembro o nome dela, então vou chamá-la de Icamiaba, o mesmo nome das índias. Icamiaba estava na fila para atendimento médico. Foi a primeira vez que ela viu um veterinário na vida, já com quase um ano. Fiquei de quatro ao vê-la tão disposta por lá, onde eu mal consegui parar de pé por causa do calorzão. Uma verdadeira guerreira.