quarta-feira, 18 de março de 2009

O calopsito e a franga


Gente, sobre o post de ontem, aí abaixo, recebi uma carta da Cremilda:
"Querida Magali
Infelizmente tive que sair às pressas e acabei deixando vocês preocupadas. Eu não estou morta, aqueles restos de borracha que vocês encontraram pela casa são apenas restos da minha troca de borracha mensal. Na verdade, eu me apaixonei por um pássaro. Ele não é da minha espécie, mas é um sujeito muito legal. Não é muito bonito, cinza com amarelo, mas é cheio de personalidade. Peço desculpas mais uma vez.

beijos,
Cremilda, agora Vivilda"

segunda-feira, 16 de março de 2009

Morte e vida severina


Cremilda, 1 ano, morreu. Quando ela chegou, lembro da felicidade de ter uma franga tão amiga para morder. Não nos desgrudávamos. Quer dizer, ela vivia grudada nos meus dentes. Se eu ia da sala para a garagem, carregava Cremilda comigo. Quando íamos para o interior, lá ia Cremilda no banco de trás. Mas outro dia, Feijuca a pegou pelo pescoço e eu pelos pés. Esticamos tanto que ela não agüentou e se partiu em duas. Ouvi rumores que ela, na verdade, se recuperou e fugiu. Hoje vive como teúda e manteúda de um calopsito chamado Villa, pelo qual teria se apaixonado. Não sei se acredito na história.

Leg. Na imagem empoeirada, Cremilda, ainda uma franga inocente, com Feijuca, ainda bebê

terça-feira, 10 de março de 2009

A liberdade é azul


Era um domingo ensolarado. Naquele dia, abriram o portão para viajar e o esqueceram aberto. Nem acreditei. Puxei a porta de ferro com a pata, espiei de leve, e ele estava mesmo lá: o vão para a felicidade.
Nunca me deixam sair na rua sem coleira. Será que é pelo fato de eu sair correndo e não ver os carros que insistem em andar na rua? Ou por eu finjir que nem sei meu nome quando consigo escapar?
Bom, ganhei o asfalto. Corri por tudo, dei tchauzinho para os vizinhos, apavorei os gatos alheios, comi os pães que jogam para os pombos, espantei todos da calçada, rolei com os cães da rua. Feijuca atrás de mim, como se deve fazer mesmo uma irmã mais nova.
Foi o melhor domingo que já tivemos, o mais livre. Mas acabou quando as pessoas de casa voltaram e não nos viram por lá. Foi um pânico. E se tivéssemos morrido? Atropeladas? E se tivessem nos levado para longe? Furtadas, atraídas por um bife? Af, um tumulto. Acharam-nos na cidade, enquanto eu cavoucava um terreno. Feijuca estava do meu lado, sentada, esperando que eu terminasse o buraco. Tomamos uma baita bronca. Mas voltamos felizes, cansadas, comemos e dormimos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Pânico sobre rodas



Não gosto de andar de carro. Desde pequena, me colocavam dentro do veículo, e eu começava a babar. Escorria baba até passar mal e finalmente gorfar, em pleno estofado. Hoje, consigo controlar meu enjôo, além disso, quando a viagem é longa, dopam-me com um ou dois dramins. Sono na certa. Para minha infelicidade, Feijuca é uma maria-gasolina. Abriu a porta, a danada pula banco adentro. Olha só a cara bocolona de felicidade dela.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Estômago à prova


Tem sobre as focas, tem sobre os frangos, tem sobre os ratos, e, fiquei horrorizada de ver que tem também sobre nós, os cães. Fico ainda pior de imaginar que as maldades poderiam ter sido feitas contra minha irmã Feijuca, caso ela tivesse crescido na rua. Os vídeos da organização Peta é para quem tem estômago. Duvido que, depois de vê-los, você nos veja da mesma maneira:

http://www.peta.org/
Se entrar, aproveita a assina todos os abaixos lá: contra espancamento de focas no Canadá, contra os bichos mortos para colocar no pescoço que a Armani vende, entre outros.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Na lama


Esse aí chama-se Sakê. Ele pertence à raça fofa west terrier, que ficou famosa por causa do IG, lembram-se? Pois bem. Mas no fundo, Sakê tem mesmo sangue dálmata, para não dizer espírito de porco. Ao invés de manter-se branco e fofinho, ele desanda. Com a cara de eterna farra, gosta de encher o saco dos cachorros grandes, como se não soubesse seu tamanho, e enquanto outros cães se divertem no gramado verdinho do parque, Sakê rola na lama e faz questão de deitar dentro do bebedouro, onde, em tese, serviria para... Beber água.