quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Balanço de 2007

Como foi o meu primeiro ano, ainda não tenho comparativos para saber se os próximos serão melhores.

Mas foi um tempo de encontros, separações, de desencontros e anarquia. Foi o ano em que nasci, entrei no cio, pirei na TPM e fui castrada, sem que tivesse a chance de namorar.

Ano em que comi sofás, tomadas, tv e paredes. Entrei para a escola, mas não aprendi. Conheci parques, viajei muito, sujei os carros e até hoje não vejo a mínima graça de entrar em um veículo. Depois de tamanha bagunça, fui deportada para Laranjal. Na média, foi um ano bom.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Cama de flores

Esse buraco cheio de telhas já foi um jardim. Um canteiro de flores rosas e plantas delicadas. Como amo flores e plantas indefesas, cavouquei toda terra e as arranquei. Hoje moram na minha cama.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Loucão - votem contra

Um artista da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão faminto numa galeria de arte. O cão estava preso por uma corda curta. Ninguém alimentou ou deu água a ele, que MORREU durante a exposição.

Guillermo Habacuc Vargas foi o artista escolhido para representar o seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008". Existe uma petição para que ele não receba este prêmio. O endereço da petição é:

http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

As fotos com o cão morrendo na exposição estão no link:

http://www.marcaacme.com/blogs/analog/index.php/2007/08/22/5_piezas_de_habacuc

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Magali, who?

Outro dia no parque, encontrei o Paçoca, esse da foto. Engraçado como escolhem os nossos nomes. Na rua, topo sempre com um yorkshire que se chama Guliver. Imagina, o gigante? E o cãozinho pesa menos de um kilo.

Há também tem os nomes de grafia sofisticada, como Khala (com H) Luah (com H também) ou Kyra. Ou os nomes artísticos, como Beethoven, Maria Bethânia e John Lenon. Por aí vai.

Não sei como chegaram ao meu nome, mas sei que estou no rol dos nomes humanos. Já encontrei com uma golden que se chama Julia, já dei uma bela cheirada em um doberman chamado João. Esse último tinha até um irmão vira-latas em casa, que se chamava Pedro. Bom demais.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Maga - la perra guapa

Minhas próximas férias serão em uma caverna. Não é qualquer caverna, mas uma na Espanha. Não é a caverna de Platão, mas a do Juan, muito melhor, onde nem preciso ficar presa.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O ano que meus pais saíram de férias

Disseram-me uma semana. Para mim, parece um ano todo.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Também quero ir

Fui jantar na casa de amigos. Chegamos, reconheci terreno, corri até o quintal e já pulei na massa de queijo que estava sobre a pia, antes que ela fosse para o forno.
Depois, achei uma horta no quintal, com cebolinhas e tudo mais. Cavei, cavei, cavei e saí com as raízes na boca. Já surtada, entrei com as unhas encardidas de terra e pulei em tudo, do xale do sofá ao tapete da sala.

Preciso arrematar que nunca mais me levaram aos jantares?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A aprendiz

Agora vou para a escola de verdade. Eis minha grade de estudos:

Manhãs
- Sou um cão e não um humano – básico 1
- Aprenda a babar corretamente – como não melecar seu dono
- Noções kamikases - “A convivência com rotwailers e pitbuls”

Tardes
- Como atormentar uma poodle – parte 1
- Morde-morde no parque
- Senta, deita, fica, dança, rola, rebola, morta.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Folgada

Férias. Volto em Setembro.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Sangue baiano

Quando cheguei, parede tinha gosto de parede, e os fios, de fios. Agora tudo tem um gosto diferente. Esfregaram pimenta em tudo. Parede, fios e madeiras têm um sabor apimentado, que eu mordo do mesmo jeito.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Bens materiais

Ganhei um osso defumado (hum), brinquedos novos (oba), ganhei uma roupa para o frio (detesto aquilo, dá comichão), ganhei uma amiga, a Tuli (que não quer brincar comigo) e uma guloseima vegetariana (uma vagem!).

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Calma, que aprendo tudo

Aprendi a dormir sozinha. Mas no frio da próxima semana, quero ver se vou aguentar.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A cama diminuiu?

Tudo que tem que enfiar a cara para fuçar é comigo mesmo. Por isso, dou um jeito para que meus brinquedos entrem debaixo do sofá ou das camas. Só que o vão embaixo das camas já estão pequenos, e tenho que me esforçar demais pra andar por debaixo delas. Dizem que um dia eu entalo por lá.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Guerra depois da tempestade

Crise em casa. Como a chuva, fiquei com preguiça de fazer xixi fora, então por toda sala. Aprendi também a subir na mesa, onde há muitos brinquedos novos. Foi um drama quando chegaram.

terça-feira, 17 de julho de 2007

No 220

Hoje achei um brinquedo legal, um negocinho que fica na parede com um fio grudado. Despluguei o negócio, e o separei do fio. Roí os dois. É de borracha com pinos de ferro, bom de morder. Só que agora sinto falta de assistir televisão. O que terá acontecido?

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Escolinha da Maga

Funciona assim: eu sento, mexo uma das patas na direção da pessoa e ganho uma coisa gostosa para comer. Fácil ganhar ossos deliciosos que eles guardam. Tenho certeza de que comem ossos escondidos de mim... Sem precisar dar a pata a ninguém. Mundo injusto.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Maga no mundo de Caras

Dureza ficar famosa. Agora que saí em uma revista, tenho que lamber e dar a pata para gente estranha. Afe.
(revista Home Theather, julho/07)

terça-feira, 10 de julho de 2007

(leia cantando) Ducha corona um banho de alegria...

Dia do banho, aquele escândalo. Um vento gelado batia na barriga, e o povo me jogava mais água. Tentei pular da bacia, derrubei água, mordi a ducha, sacudi no meio do ritual para atrapalhar tudo, mas foi em vão. Saí molhada, branca e limpa.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Me gusta una caca


Tem coisa mais gostosa que uma sujeirinha do chão? Eu adoro. É só virarem as costas que eu to lá, com o focinho nos cantos e no vaso de flores, onde pego iguarias como pelotas de terra, pedras ou folhas. Para não levar uma bronca, tenho o truque da cara de tonta, quando finjo que nada aconteceu.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Não me deixem só


Todo santo dia. Todos saem para trabalhar. Eu fico aqui sozinha, abandonada e trancada nesta casa. Até tento dar os meus berros, choro e esperneio, mas nada. Nem por isso eles têm piedade. Acho que o meu truque da manha não anda colando mais.

terça-feira, 3 de julho de 2007

E o oscar vai para... A vaca!


Ela não dá leite, não mugi nem pasta. E mesmo inanimado, ainda é o bicho que mais adoro. Trata-se da vaca de pelúcia que temos em casa, foi o primeiro brinquedo que ganhei. Quando chegou, ela era do meu tamanho e me lembrava meus irmãos. Só que diferentemente deles, eu podia morder à vontade que ela não revidava. Mordi tanto que o bicho soltou as tripas e morreu. Mas enquanto viva, além de apitar quando eu apertava sua barriga, o mais interessante é que a vaca servia de dublê.
O brinquedo foi morar conosco logo quando me separei da minha mãe e fui parar em uma casa pequena, com plantas na frente, um sofá delicioso de morder e vizinhos que me mimavam. Um deles, Seu Rubens, que devia ter uns 190 anos na época, era bastante atencioso comigo. Eu o adorava, pois ele vivia na frente da casa tomando sol e sempre tinha assunto de sobra para tagarelar.
Uma vez, a vaca tinha tomado banho e foi colocada no muro de frente para secar ao sol. Como faz habitualmente, seu Rubens terminou seu café da manhã, colocou a boina, pegou a bengala e foi, a passos lentos, para frente da casa molhar as plantas, fofocar com os vizinhos e até me dar bom dia. Ao chegar, ele avistou a vaca e ficou intrigado.
Eu, que estava dentro de casa com a porta fechada, observei pelo vidro que o senhor olhava intrigado para a vaca. Ele fixou o olhar no bicho de forma tão obcecada, que cheguei a imaginar que pudesse roubá-la de mim. Lati enciumada e muito preocupada, afinal sei que tem gente que come esse tipo de animal. Mas não. Seu Rubens estava incomodado com o fato de a vaca insistir em ficar pendurada no muro. Eu, que estava dentro de casa e não podia fazer nada, só lati de volta.
Mas ele, com a bengala batendo no muro até onde alcançava, insistia:
_Maga, desce já daí que você vai se machucar. Desce, vamos!
Foi quando me dei conta. Na verdade, ele não falava comigo, mas com a vaca malhada, minha dublê, que, indiferente aos berros do seu Rubens, bronzeava a fuça ao sol.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Só no berro

Ganhei uma casa nova. É linda, mas prefiro o quarto e o colo, por isso berrei a noite toda. Como estava cansada, até fechei os olhos lá dentro. Mas era só o povo sair de perto que eu começava o berreiro. Deu certo, não é que vinham correndo me ver?

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Ahhh a sexta-feira...


Para muitos, dia de birita e noitada. Para mim, dois dias consecutivos em que detenho as atenções da casa. Já percebi como a banda toca.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dói?


Como já sou moça, tenho que tomar mais uma vacina que será neste final de semana. Dizem que o negócio não dói nada, uma picadinha, mas estou desconfiada dessa história.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Finde no interior - parte II


Além disso, aproveitei colo de todo mundo, em especial da Lara, que me chama de “bebeinho”. Não sei o que significa, mas acho carinhoso e lambo a boca quando ouço isso.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Festa no interior - parte I




Foram muitas emoções nesse final de semana. Conheci a casa da minha avó no interior, rolei no chão e no jardim, fucei tanto que espetei meu nariz na roseira. Agora estou um cão-tamanduá, com o nariz torto e inchado.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Dia de bronca


Fiquei triste. Brigaram comigo porque comi os pés da cama e roí todo o rodapé da parede. A notícia boa é que cheguei no cimento, o que melhorou ainda mais o local para roer.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

What a wonderful world


Finalmente descobri o maravilhoso mundo da casa nova. Tudo perfeito para meus planos. Vou levar para passear todos os tapetes da sala, fazer muito xixi neles, morder pés de mesas e puxar as toalhas, para que as coisas caiam no chão. Não vejo a hora.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A vida é dorme e brinca


To levando uma vida boa. Depois que eu comecei a comer o pé da cama, ganhei um montão de brinquedos, e agora eu só durmo e brinco. Quando o pessoal chega, é sempre pra brincar comigo, aliás acho que eles não têm mais nada para fazer.