segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sapatadas


Eu levo, tu levas, ele leva, nós (Feijuca e eu) levamos e, surpresa, até o Bush leva! A diferença é que, eu já comi muitos sapatos e tenho aprendido a não fazer mais coisa errada para não levar uma sapatada na bunda.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ode à individualidade


Machuquei a cabeça. Não sei como fiz isso, mas consegui abrir um buraco que sangra. Nem dói, mas como ficou feio, assustei o povo. E as pessoas usam truques para me passar remédio, que são ossos e brinquedos, como as bolinhas. Cada um tem um jeito de brincar, e todos deveriam respeitar o meu jeito. Gosto de morder a bolinha até ficar inútil, mas foi só eu receber o remédio na cabeça que me tiraram o brinquedo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Vigiar e punir


Agora, basta sairmos da linha, que a Feijuca e eu apanhamos com um jornal no focinho. É isso mesmo, acharam um método para deixarmos de fazer traquinagem. Tudo começou quando eu vi o portão da casa da vó abrir e saí para dar um rolê. Saí correndo, pois se vou devagar não me deixam passar. Quando conseguiram me pegar, lá estavam eles com o horrível rolinho de jornal. Apanhei no focinho, uma sensação estranha e dolorida, fora que me dá medo, pois meu focinho é muito sensível. A partir daí, naquele dia toda santa hora que eu fiz algo errado, lá veio a jornalada na cara.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um par de abajur


Esse aí de cima é o Bisteca, já falei da chegada dele em janeiro. O Bisteca foi passear no parque, há uns dez dias, e apanhou de um boxer. Engraçado porque os boxers costumam ser bobões e felizes, mas nunca agressivos. Pois é, o Bisteca se deu mal. Ele teve a pálpebra furada e quase matou a Tan, que cuida dele, de susto. E agora ele faz par de abajur com a Feijuca. Ela também vestiu o adereço, pois entrou na faca nesse finde.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Chega de saudade


Não a via há vinte dias. Muito tempo. Quando chegou, não sabia se pulava, se chorava, se latia ou uivava baixinho. Então fiz tudo isso, além de um xixi surpresa, que não consegui segurar, tamanha emoção.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Perros compañeiros


A Espanha definitivamente gosta de cães. Há até sinalizações especiais para que convivamos melhor por lá, e em todos os cantos há gente com seus totós. E não sei a política que adotam, mas me contaram que, pelo menos em Madrid e Barcelona, nenhum amigo abandonado foi visto na rua. Uma pena que não fui eu quem colocou as patas na Espanha, mas já ouvi uma promessa de moradia por lá. A ver.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Na jugular


Foi um final de semana dos melhores. Começa que Feijuca estava aqui, então tive em quem pular o dia inteiro. Passeamos na casa da vó, ou seja, pude correr quilômetros sem aquela droga de coleira. Pena que Feijuca procura outra casa. Por outro lado, vi que minha amiga não foi bem-recebida por todos. E como sei que ela não tem culpa de ter sido abandonada, inclusive duas vezes, isso me ataca onde tenho de mais fraco.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ensaio sobre a infância


Quando pequenos, besteiras ganham risos. Ouvi outro dia a história de uma menina que, com quatro anos, queria fritar leite, corria atrás das galinhas até agarrá-las e se descuidasse, lá estava ela no pasto para abraçar um boi. Várias vezes foi salva de coices. Agora vejo a Feijuca, que volta hoje para casa. Ela ainda chora de manha, corre como Lola, pula de felicidade, e, mesmo devolvida, mantém a alegria nos olhos. Bem-vinda, amiga.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Todo dia ela faz tudo sempre igual


Durante o dia, tenho ficado em frente de casa. Até gosto, pois toco o terror em quem passa na calçada. Só que na maioria das vezes, fico entediada. Aí sempre tem algo interessante bem no meu focinho. Tem vários vasos de plantas para derrubar, canteiro para arruinar, ainda umas flores de plástico pra mastigar, fora a mangueira. Essa até tiraram daqui, só que fiquei sabendo que foi daqui para o lixo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Greve


Pronto, a Feijuca foi morar em outra casa. Em protesto, fiz greve de fome no final de semana. Deixei quem cuida de mim com a preocupação à flor da pele. Sei que ela foi pra uma casa legal, perto do parque. Já apurei que o Lucas, que a adotou, é mesmo muito bacana. Mesmo assim, vou ficar mais um dia sem comer.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Avon chama


Estava no parque quando ouvi alguém gritar: “Magali, Magali, aqui!”. Parei, olhei, pensei e olhei de novo. Mas não vi alguém que conhecesse. A voz do além foi chegando perto “Magali!”. Vi que saía de um cara, e na hora pulei nele. Ele se assustou e quase levei um chute. Magali, na verdade, era a tia do cara, que encontrava-se sentada próxima a nós.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um pouco de mau humor


Estamos no meio daquela festa de peões famosa, em que o povo paga para ver bicho torturado. Enquanto bois e bezerros recém-desmamados sangram no brete e na arena, lá estão os boys, indiferentes, cerveja em punho, achando que abafam, para encher a cara e virar uma samambaia no final da noite. Do outro lado, as meninas. Garotas que, muitas vezes, não sabem distinguir pato de galinha vão para ouvir as cantadas mais imbecis e até para serem laçadas na rua. Pior, muitas se apaixonam pela samambaia bêbada que as pegou à força. Se fosse só isso, beleza, cada um sabe o laço que merece. Mas, alienados e indiferentes, agroboys e agrogirls pagam para que o boi sangre à toa. Mas o que eu entendo disso? Sou só uma cadela.
Agora, o ponto alto está na arena. Peões ignorantes e sem o mínimo respeito à vida amarram sedém no saco do boi, apertam até o bicho se revirar de dor, chutam para que ele pareça bravo, quando, no pasto, o máximo que faz é comer grama. Não o peão, o boi, embora os dois devessem morar no pasto. Antes de entrar na arena, a Globo os foca fazendo sinal da cruz. Um deles cai, me-re-ci-da-men-te pisoteado. Ponto pro touro.

Os organizadores de rodeio mentem, forjam laudos, inventam variadas desculpas. Teve um veterinário de Jaboticabal que, provavelmente bem-pago pela (milionária) máfia oraganizadora, soltou um laudo dizendo que os bichos pulam daquela forma pois sentem cócegas. CÓCEGAS! Foi processado e proibido pelo conselho de veterinária de exercer sua função.

Mas ainda tem muita festa, muito lombo de bicho para chicotear, muito garrote bebê desmamado para sangrar e muito rim, bexiga e saco de boi para serem socados e estrangulados por objetos de tortura. E dá-lhe espírito esportivo.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Insônia


Nem mais dormir eu consigo. Sim, faz parte do ajuste de contas. Tudo o que fiz com os outros, agora a Feijuca faz comigo. Se estou roendo osso, ela morde minha orelha ou rabo. Se quero ficar tranqüila, ela pula por cima. Se quero dormir, ela não pára de fazer festa ou choramingar. Como essa cachorra choraminga. Até dormindo ela não me dá trégua. Outro dia, acordei com um pesadelo da Feijuca e, pior, tomei uma mordida no nariz quando fui checar o porquê do choro noturno.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A escolha de Magali

Sempre ouvi para tomar cuidado com o que se pede, pois você pode conseguir. Tanto implorei um lar pra Feijuca que apareceu. Dá-lhe São Roque. Só que agora estou atrapalhada. Em quem vou babar, quem vai me dar o focinho ou o pescoço para eu morder, quem vai me atormentar enquanto tento dormir? E pior de tudo, de quem vou roubar ração de bebê? Não sei o que fazer.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Santa paciência


Protetor dos cães, São Roque nasceu na França, em 1295. Na verdade seu nome era Rog (daí o povão chamar de Roque). Ele se tornou santo porque, embora de família rica, dedicou a vida ao cuidado de doentes que adquiriam peste negra. Por ironia, contraiu também a doença. Foi quando ele se refugiou em uma floresta, com medo de transmitir a outros. Reza a lenda que ele milagrosamente se curou e que só não morreu de fome porque um cão lhe trazia comida. Rezo todas as noites para São Roque: dai-me paciência com a Feijuca e arruma logo uma casa (legal) para essa cachorra. Amém.

PS. No canto do vídeo, estrelando, Cremilda, nossa franga de estimação

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Tudo sobre minha mãe

Ainda procura um lar, mas por enquanto ela está aqui. Agora, divido ossos, ração e cama com a pequenina, que vamos chamar de Feijuca. Feijuca mostra-se uma menina levada e destemida. Às vezes perco a paciência com ela, principalmente quando pendura seus pequenos dentes megafiados no meu rabo, nas minhas patas e muitas vezes nas minhas bochechas. Abusada a cãzinha. Mas na maioria do tempo, ela me segue ou fica encostada comigo, como se eu fosse mãe.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Quer uma amiga para sempre? Fale comigo.

Alguém quer a nenê aí da foto?
Foi uma noite conturbada. Acordei umas 4h da manhã com um choro alto e um cheiro que conheço de longe. Fui à porta e voltei milhões de vezes, olhei pela janela, ansiosa, até me deixarem sair. Claro, nem dormi mais. Quando pude sair na garagem, vi debaixo do carro a nenê, berrando, alguém havia deixado lá. Sacanagem.

Bom, resumindo, não posso cuidar. Tomara que encontre alguém legal, caso contrário ela vai para doação em feiras (e aí, sinceramente, tenho dó).
Seguem os detalhes da menina

Tempo de vida: dois meses
Raça: vira
Situação: vacinada, vermifugada, lavada e sem pulgas
Temperamento: fofo e carente
Quem quiser é só ligar no telefone de casa: (11) 8488-2026, falar com Andrea.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Chega de saudade

A Tuli, aí da foto, foi embora. Ela ficou um mês comigo, foram dias divertidos e proveitosos. Pude praticar esportes como patada no cachorrinho, maratona do brinquedo e aposta na escada olímpica. Como minhas pernas têm quase um metro, e as dela, 10 cm, eu ganhava tudo. Por outro lado, tive que aprender a dividir meus ossos, minha cama, meus biscoitos, e, principalmente, o colo, que costumava ser só meu.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Just friends

Quem ainda não viu essa história, veja. O leão Christian foi criado por dois irmãos, e, quando cresceu, ficou grande demais para continuar em uma casa. Então foi devolvido à selva, na África. Anos depois, os irmãos foram rever o leão, mesmo sabendo da possibilidade de o animal não lembrar deles.
O vídeo do encontro está nesse link. Podem clicar, não tem vírus ou perigo:

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Maga frog

Incrível como passamos de fofinhos a disgusting. Há dois meses, nasceu uma mancha rosa no meu nariz. Fiquei bonita com aquilo. Só que a mancha cresceu e virou uma terrível verruga. Um verrugão feio, bem no focinho. Temos que esperar crescer até tirar.
O mais engraçado é a reação das pessoas. Estou acostumada a ouvir com frases, com voz finiiiinha e meio infantil, do tipo, “ai que bonitinha”. Só que agora, eu aterrorizo as pessoas com meu verrugão. Outro dia, veio uma moça, dessas com voz tatibitá que mexem comigo na rua, passou a mão na minha cabeça e elogiou. Quando olhou bem para o meu nariz, fez cara de ECA e velozmente afastou a mão, como se a verruga fosse atacar seu nariz.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amores perros

Sou castrada. Nunca pude namorar, aliás, nem sei direito o significado dessa expressão. Mas nem por isso deixo de ter um amor. Tenho, e ele não é platônico nem escondido. Amo às claras. Não faço joguinho besta, não espero que me procure, quando, na verdade, a minha vontade é a de pular em cima. Se quero pular, eu pulo. Aí levo um NÃO e um pisão no pé.
Choro na porta por amor, sem vergonha. Também tomo bronca por ser chorona. Lá de dentro ouço um sonoro: “NÃO MAGA”. Nem me chateio. Mesmo com pisão na pata, tapa na bunda e os NÃAAAOS que ouço, lambo e babo por quem amo, literalmente. Outro dia, torci meu rabo por amor. Pulei tanto de alegria que caí sentada nele, acharam que eu tinha quebrado o rabo. Deram-me calmante e dorflex.
Amo tanto que, quando meu amor chega, logo entrego o que tiver de mais precioso. Se tenho um osso, corro e cavouco onde o escondi. Retiro a iguaria para levar de presente, toda cheia de alegria, o osso, todo cheio de terra. Também levo bronca. Duas broncas, aliás, por esburacar o jardim e porque sujei tudo. Não me importo, amo incondicionalmente. Acho que, como Vinícius, “hei de morrer de amar, mais do que pude”. E se não morrer, pelo menos engesso meu rabo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Discípulos de Java

Cadastrei-me em sites sobre bichos. E agora que eu tenho e-mail, passei a receber também spams. Fiquei imaginando se os spams fossem reais e não só virtuais. Para mim, iria ser muito mais divertido, uma vez que, quanto mais pessoas no portão de casa, melhor a agitação.

Imaginem só. Logo de manhã, quando abrem a porta da frente, eu teria um monte de motivos para latir. É gente com placa nas mãos ou mesmo penduradas no corpo, todas gritando "clique aqui", "tenha um dia lindo com flores em power point", "veja como caezinhos e gatinhos são amigos" (eca!) "melhore sua coluna" ou, o pior de todos, "disfunção erétil? "clique djá". rs.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Penso, logo insisto - parte 4

Depressivo, o macaco bugio, de 8 anos, recebeu o nome de Gardenal, desde que chegou à ONG. Vendido pelo tráfico, viveu desde bebê com uma senhora, que o criou como um cão mimado. Dormia com o bicho, levava-o de baixo para cima e dava-lhe comida, embora a alimentação de um macaco bugio seja baseada só em folhas.
Quando o macaco cresceu, e claro, começou a fazer macaquices, a mulher o abandonou. Na sua ignorância máxima, aliás comum a todos que compram bichos silvestres do tráfico, a mulher achou que o macaco se comportaria como um gato doméstico a vida toda.
Abandonado, hoje Gardenal é tratado com anti-depressivos e está fadado a viver sozinho em cativeiro, pois jamais se acostumará com outros da mesma espécie.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Penso, logo existo - parte 3

Criada em circo, a leoa Gaya chegou à ONG com marcas de pauladas e chicotadas pelo corpo, teve as garras arrancadas, patas tomadas por bichos, dentes serrados ao ponto de se expor a raiz, o que lhe rendeu uma séria infecção bucal. Entre outras conseqüências, a infecção gerou também uma disfunção renal. Na radiografia, constatou-se que a leoa tinha um deslocamento do osso que sustenta a base da língua, provavelmente devido a um forte estrangulamento, e hoje, quando abre a boca, não consegue fazer com que a língua volte para dentro.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Penso, logo me divirto - parte 2

Dócil, a pit bul Assu dá vontade de pular em cima. Ela foi comprada para rinha, mas teve sinomose, doença que atinge o sistema nervoso, e ficou manca, com seqüelas da doença. Por isso, os donos a abandonaram com cerca de oito meses, dentro de uma caixa de papelão, igual aos jornais velhos lá de casa. Hoje, ela arrumou um dono e está bem.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Penso, logo existo - parte 1

Darchã, um leão de 14 anos, viveu 13 deles dentro de uma câmara fria desativada de um frigorífico, um espaço pequeno, revestido de metal e sem janela. Quando bebê, ele foi trocado por quilos de carne pelo dono do circo, que o entregou ao açougueiro da cidade. Quando cresceu, o açougue fechou, mas como não havia onde deixar o bicho, Darchã continuou no frigorífico e era alimentado com cães e apenas uma vez por semana. Por uma denúncia, foi apreendido e chegou faz um ano para viver em uma ONG de proteção animal.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Tobie - mudo, sem rabo e enfeitado

Não se pode mais cortar orelha, corda vocal ou mesmo rabo dos bichos. Precisou de uma determinação do conselho de veterinária para isso acontecer, já que o bom-senso das pessoas não dava conta do absurdo.
Há uns coitados que não têm voz nem rabo, como o Tobie, o mudinho. Cão manso e de porte médio, Tobie é um coker muito frustrado. Seu dono achou que o latido o incomodaria, então mandou calar o bicho. Tobie late sem latir, de um jeito rouco, que Jéssica Rabits chamaria de “sexy”. O coitado também não tem rabo, então não tem o que abanar.
Como suas principais formas de comunicação foram retiradas, Tobie virou um chato. Para piorar, sua dona coloca lacinhos em sua cabeça. Lembre-se de que trata-se de um macho. Mas não adianta falar, aliás, no seu caso, ele nem tem mais como falar. Chego perto dele, me dá até desgosto, pois só tenho o cheiro para me comunicar. De resto, ele é como uma samambaia pros seus amigos cães. Uma samambaia macho e de laço colorido.

terça-feira, 18 de março de 2008

Fale com ela

Tenho a nítida sensação de que ninguém entende o que quero. Jogam meu brinquedo longe, eu vou correndo pegar e ainda me pedem de volta, para jogar novamente. Responda-me, você devolveria? Claro que não.
Agora, soube de um programa de computador que interpreta meus latidos. O software, criado por pesquisadores da Universidade de Eotvos Lorand (Hungria), classifica cada tipo de latido dependendo da situação. Assim que tivermos esse item de sobrevivência em casa, a primeira coisa que vou gritar será: devolva já meu brinquedo!

quinta-feira, 13 de março de 2008

O pior amigo do estômago

Na Coréia, cães são comestíveis. A carne de cão chama-se "boshintang", em coreano. Eu mesma daria um belo bifão. Também fiquei sabendo que os cães comidos são criados em gaiolas e torturados antes de serem mortos, pois a adrenalina liberada pela tensão do amigo melhora não só o sabor da carne como faz bem para a virilidade dos homens que as consomem.
De fato, homens que consomem cães são muuuuito mais sexys.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Confissões de toilette

Desde bebê, fui avisada que meu banheiro seria em um amontoado de jornais. Bastava um xixizinho fora que eu ouvia berros. Falaram tanto na minha orelha que aprendi. Mas isso me gerou um sufoco, pois na hora de passear, se me desse vontade, eu tinha faniquito de voltar correndo pra casa, a fim de encontrar o alívio no jornal.
Depois, passamos a sair passear na companhia do saquinho, e eu vi que podia também fazer no asfalto. Reparei que o bairro está lotado de gente que não leva o saquinho, e, quando isso acontece, tudo fica lá, enfeitando nosso caminho. Ou pior, gente que leva o saquinho, cata o negócio e joga o saco recheado no meio da caminhada (!), como se, dentro de um plástico, tudo misteriosamente se diluísse.
Com ou sem plástico, Perdizes virou um grande trono.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Se uma maga incomoda muita gente...

Na Coréia do Sul, uma mulher encomendou um clone do seu pitbull e vai pagar 150 mil dólares por ele (!!). O bicho será cópia do Booger, seu pitbul que morreu. Para modelar o bicho, os cientistas vão usar células retiradas da sua orelha para fecundar os óvulos que serão colocados nas barrigas de outras cachorras.
Fico imaginando quanta gente que se apega a nós não irá querer fazer o mesmo daqui para frente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Uma cã no rebanho

Foto da Vejinha (obrigada Vejinha!)

Fiel escudeira, Letícia entra no palco da igreja durante a missa e só sai de lá quando o padre Ilson Frossard abençoa o povo na hora de ir embora. Às vezes ela levanta, dá aquela coçadinha, abana o rabo de leve, passeia pela igreja e... Volta rápido para perto do padre.
Letícia foi adotada, havia sido atropelada. Hoje vive com o padre e seus muitos outros cães e gatos, mas diferentemente dos outros, só ela freqüenta a missa.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Enfim um amigo

Esse é o Bisteca. Bisteca acabou de chegar e já veio com um nome delicioso.

“Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grande chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive”
VM

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Eu aprendo, tu aprendes, ele aprende

Tenho que me retificar, senão vou ficar de castigo na escola. Diferentemente do que eu havia dito, aprendi muito na escolinha (viu Rogério?). O problema é não aplicar os conhecimentos, pois gosto mesmo de folia, cães babões e sofás com espuma de fora. Mas daqui para frente vou botar em prática tudo o que me ensinam.