terça-feira, 29 de abril de 2008

Penso, logo insisto - parte 4

Depressivo, o macaco bugio, de 8 anos, recebeu o nome de Gardenal, desde que chegou à ONG. Vendido pelo tráfico, viveu desde bebê com uma senhora, que o criou como um cão mimado. Dormia com o bicho, levava-o de baixo para cima e dava-lhe comida, embora a alimentação de um macaco bugio seja baseada só em folhas.
Quando o macaco cresceu, e claro, começou a fazer macaquices, a mulher o abandonou. Na sua ignorância máxima, aliás comum a todos que compram bichos silvestres do tráfico, a mulher achou que o macaco se comportaria como um gato doméstico a vida toda.
Abandonado, hoje Gardenal é tratado com anti-depressivos e está fadado a viver sozinho em cativeiro, pois jamais se acostumará com outros da mesma espécie.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Penso, logo existo - parte 3

Criada em circo, a leoa Gaya chegou à ONG com marcas de pauladas e chicotadas pelo corpo, teve as garras arrancadas, patas tomadas por bichos, dentes serrados ao ponto de se expor a raiz, o que lhe rendeu uma séria infecção bucal. Entre outras conseqüências, a infecção gerou também uma disfunção renal. Na radiografia, constatou-se que a leoa tinha um deslocamento do osso que sustenta a base da língua, provavelmente devido a um forte estrangulamento, e hoje, quando abre a boca, não consegue fazer com que a língua volte para dentro.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Penso, logo me divirto - parte 2

Dócil, a pit bul Assu dá vontade de pular em cima. Ela foi comprada para rinha, mas teve sinomose, doença que atinge o sistema nervoso, e ficou manca, com seqüelas da doença. Por isso, os donos a abandonaram com cerca de oito meses, dentro de uma caixa de papelão, igual aos jornais velhos lá de casa. Hoje, ela arrumou um dono e está bem.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Penso, logo existo - parte 1

Darchã, um leão de 14 anos, viveu 13 deles dentro de uma câmara fria desativada de um frigorífico, um espaço pequeno, revestido de metal e sem janela. Quando bebê, ele foi trocado por quilos de carne pelo dono do circo, que o entregou ao açougueiro da cidade. Quando cresceu, o açougue fechou, mas como não havia onde deixar o bicho, Darchã continuou no frigorífico e era alimentado com cães e apenas uma vez por semana. Por uma denúncia, foi apreendido e chegou faz um ano para viver em uma ONG de proteção animal.