sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mãos que curam


Em mais de 60 mil quilômetros rodados, as tias veterinárias Amélia e Anabela já se depararam com todo tipo de atrocidade. A bordo de uma caminhonete UTI veterinária móvel, as duas neste momento estão no Amazonas, em expedição.

Maga - Como é o trabalho?
Educativo, para mostrarmos que o bicho sente dor e medo como todos nós, e também fazemos castração, para evitar crias e abandono.
Maga - Que situações já enfrentaram?
Já encontramos cadelas que estupradas por bêbados, cachorro enforcado, resgatamos uma cadela que tinha a pele da cabeça retirada, que estava amarrada e que foi ateado fogo nas patas. Um horror. É tanta ignorância e maldade humana que o nosso trabalho acaba sendo o de ajudar também casos escabrosos.
Maga - Glup.
Maga - Qual o lugar mais longe que já estiveram?
Amazonas, onde estamos agora. Em outras viagens, resgatamos um filhote de peixe-boi que foi cortado e amarrado na beira do rio, para que as piranhas viessem comer, e assim os ribeirinhos pudessem caçar as piranhas. Também vimos costumes de índios que matam araras e tucanos para comer e fazer artesanato com as penas, que caçam macacos para cortar as mãos, achando que assim vão adquirir a habilidade de subir em árvores. Tem ignorância e maldades maiores?

2 comentários:

Espaço do Théo disse...

Poxa, e ainda nos entitulamos seres "humanos". Afinal, o que há de humano nisso tudo???

Fla Amaro disse...

Nossa, não consigo parar de ler esse blog! E quem são essas moças? Mas que trabalho bonito! quero saber mais, publica outros textos contando do trabalho delas vai!
beijos
Flávia