segunda-feira, 11 de maio de 2009

Trilogia da palmeira – Parte 2: A fúria


Feijuca também acordou. Latimos, tentando fazê-la assustar e voltar ao seu lugar, para dentro do canteiro, mas nada. Ela foi levantando a raiz com força, e, para nosso espanto, conseguiu sair. Colocou uma raiz para fora, espalhando terra para todo lado, depois outra e mais outra. Agigantou. Nesse momento, Feijuca e eu corremos para dentro da casinha, com medo do ataque. Já fora da terra, fitou-nos com ar de vitória e revanche, e então levantou os braços emaranhados de folhas e veio em nossa direção. Mas assim que as raízes saíram para fora e ela deu um passo, tropeçou. Apavorada, ainda tentou se agarrar em outros caules, mas foi ao chão. Muito perto da nossa casinha. A burra nem desconfiou que não conseguiria ficar de pé quando estivesse fora da terra. Ela estatelou lá, verde, agonizando até a morte.
(continua...)

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